Comentar cinema não é a minha praia, nem este é o foro apropriado para tal. No entanto, há uma das discussões que o filme não encerra, mas abre, no seu pano de fundo de largo espectro:
A personagem principal, Nina, é uma lutadora pela perfeição, apurando a técnica até ao limite, mas agindo de forma frívola, recalcada e distante com os demais aspectos da sua vida, em especial os sociais. A sua arquirival (dicotomia amiga/inimiga que procurava o mesmo pepal principal na peça) é a sua antítese: luta pelo ballet, mas tem vida fora dele. E que vida!
A questão é portanto: devemos enfocar-nos ao limite naquela que é a nossa prioridade (profissional ou pessoal), ou devemos diversificar interesses e lutar opela mesma, sem deixar de viver , socializar e ter as mais variadas componentes da vida?
Muito embora a primeira resposta possa de uma forma mais imediata merecer mais atenção, sobretudo porque se está muitas vezes a competir com pessoas completamente centradas no seu trabalho ou prioridade, a minha opinião é que os excepcionais são aqueles que conseguem ser bons em algo, sem deixar de viver o resto. Sem terem de prescindir da sua vida, dos seus amigos, de outras prioridades, da sua saúde mental e fisica, do que entenderem. Sem prescindirem demasiado.
Estes serão os afortunados, porque alcançarão objectivos, prescindidno de menos, o que os frustra menos quando têm falhas intermédias, e os projecta mais quando alcançam sucessos. Mas a minha opinião vai mais longe. Não é só melhor para eles. é melhor para todos. Teremos pessoas menos psicóticas, mais equilibradas e todos - literalmente todos - beneficiamos com isso.
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