Autor: Bob Nelson e Steve Lundin
Data (Original): Março 2010
Frase:”Não se deve subestimar o poder do trabalho colaborativo e a identidade da comunidade”
Keywords: Colaboração; Cooperação; Colectivo; relacionamento; Ubuntu; África;
Apreciaçao: ***
Os autores descrevem o conceito Ubuntu – uma forma de vida tradicionalmente usada em algumas partes de África antes da sua importação para a gestão note americana – através do recurso a uma história de ficção que se centra numa grande multinacional americana. O cenário parte de um gestor incapaz de liderar o seu grupo de trabalho, compensando com trabalho individual os maus resultados de cada um, substituindo-se finalmente às suas funções, para evitar danos maiores na empresa. Este gestor terá a ajuda de um nativo africano emigrado para os Estados Unidos para frequentar um MBA – dando origem ao desenvolvimento das técnicas Ubuntu.
Mais do que uma técnica, estratégia ou framework, o Ubuntu é apresentado como uma forma de estar na vida com origem ancestral, politicamente situada entre os heróis da África do Sul Nelson Mandela e Bispo Tutu, que terão estado na sua disseminação na famosa reconciliação pós apertheid. Esta filosofia parte da premissa que todos fazemos parte de uma grande família e que beneficiamos de nos tratarmos com confiança e respeito. Ubuntu assenta nas semelhanças em vez das diferenças e cria uma base de solidariedade no trabalho em grupo que se centra não no altruísmo generoso, mas na crença real de que tal cria, numa visão de longo prazo, valor para o próprio, e para todos.
O livro tem aplicação na gestão, sobretudo em áreas de Recursos Humanos ou Liderança, encerrando uma série de princípios mais ou menos óibvios, mas nem sempre praticados, sobre partilha e teambuilding. Por outro lado, algumas das suas secções parecem roçar o exagero na sua abordagem excessivamente simplista de que tudo se resolve com partilha e trabalho comum, aparentando retirar algum protagonismo ao mais elementar principio que induz competitividade : a meritocracia.
Um livro recomendável, sem ser prioritário.
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