Enfrentaremos questões como o aumento da idade da reforma; A legislação laboral, nomeadamente horas de trabalho semanais, o estatuto das horas extraordinárias, flexibilidade de contratação, impostos sobre o trabalho; A reestruturação das relações do Estado com os seus funcionários e outras entidades; O espectro de intervenção do Estado e apoios sociais: âmbito, valor e duração.
Há poucas condições políticas e sociais para mudar. As pessoas não percebem, nem querem perceber, que vivem acima das possibilidades há décadas e persistirão franjas políticas a alimentar a ilusão.
Será difícil implementar as reformas estruturais essenciais a adaptar os portugueses a um mundo mais competitivo, exigente e implacável.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 12 de Novembro de 2010
1 comentário:
Claro que vai ter de mudar.
No entanto EM DEMOCRACIA como é entendida na NATO+UE esse tipo de mudanças não vão poder ser no sentido que os donos de MBAs em economia e gestão pensam ser a adequada.
Essa impossibilidade não é matemática, é política.
As pessoas votam, os sindicatos fazem greve e os desesperados vão para a rua partir tudo à paulada.
Se não existirem leis que acabem com a possibilidade de exportar empregos para locais esclavagistas e do sector financeiro vampirar o resto da sociedade, vamos a ver o que acontece.
Até porque a estabilidade salarial, e o apoio social continuam a existir para quem tem capacidade política, e quem os tem não fala da "imoralidade dos direitos adquiridos".
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