Indicadores do grande retalho mostram, desde 15 de Outubro, uma forte queda nas vendas, na casa dos dois dígitos.
Esta situação circunscreve-se apenas à zona Norte. Na Grande Lisboa, por exemplo, regista-se uma quebra residual, entre 1% a 3%.
A explicação é simples e tem a ver com a implementação de portagens nas ex-scut, que tem provocado resistência às deslocações, mesmo dentro do mesmo concelho ou entre concelhos limítrofes. O custo e a falta de disponibilidade de meios fáceis de pagamento estão simplesmente a "paralisar" as pessoas. Mesmo as ex-scut registam até menos 30% de passageiros. Simultaneamente, as vias "alternativas" saturaram e o tempo de deslocação duplicou em alguns casos.
As mesmas fontes falam no desaparecimento de clientes galegos.
[Se não fosse tão sério, tão discriminatório e tão previsível, até poderia ter piada.]
Esta situação circunscreve-se apenas à zona Norte. Na Grande Lisboa, por exemplo, regista-se uma quebra residual, entre 1% a 3%.
A explicação é simples e tem a ver com a implementação de portagens nas ex-scut, que tem provocado resistência às deslocações, mesmo dentro do mesmo concelho ou entre concelhos limítrofes. O custo e a falta de disponibilidade de meios fáceis de pagamento estão simplesmente a "paralisar" as pessoas. Mesmo as ex-scut registam até menos 30% de passageiros. Simultaneamente, as vias "alternativas" saturaram e o tempo de deslocação duplicou em alguns casos.
As mesmas fontes falam no desaparecimento de clientes galegos.
[Se não fosse tão sério, tão discriminatório e tão previsível, até poderia ter piada.]
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 4 de Novembro de 2010
2 comentários:
Os teus números são surpreendentes e contra factos não há argumentos. De qualquer forma há algumas situações nesta questão da luta das SCUTS que não encontro racionalidade económica. P.ex., o que levará as pessoas a resistir ao pagamento de uma portagem, optando por uma viagem numa estrada alternativa (e que muitas vezes nem devia ter esse nome) em que demora muitas vezes o dobro do tempo e com "para e arranques", mais gastos de travões, aumento do risco de circulação, aumento do stress, etc. Mas se calhar sou eu que estou a ver mal ... Abr
nesta altura, o principal motivo para "resistir" passa pelas pessoas não disporem dos indentificadores, o que leva a que depois tenham de ser dirigir aos correios ou a um terminal payshop, sendo que o pós pagamento tem uma taxa adicional.
por outro lado, penso que tem a ver com o seguinte:
- nos casos de viagens de rotina, é uma despesa mensal considerável e as pessoas decidem poupar, perdendo no tempo
- nos casos de viagens pontuais, penso que tem a ver com a tangibilidade do custo. Tu não sentes o desgaste dos travões, mas sabes exactamente qto te sai da conta por passares no pórtico
- finalmente, as pessoas podem mudar de habitos e decidiem deixar de gastar dinheiro, preferindo ir para lugares onde nao pagam portagem.
algumas destas coisas passarao com o tempo, outras nao
Enviar um comentário