A reforma de regulação financeira vai ter impacto na actividade dos Bancos em geral, mas há três claras implicações que algumas Instituições já estão a tentar ultrapassar.
No aumento da despesa, tentam resolver a questão através da redução dos custos do serviço e no aproveitamento dos seus pontos de venda para alavancar o negócio; Na pressão sobre as receitas, anunciam novos produtos e lançam uma nova estratégia de preço; Na diminuição dos lucros, concentram-se em transparência, responsabilidade e justiça.
O dinamismo habitual do sector bancário já está em campo e será interessante acompanhar o resultado final das suas acções.
3 comentários:
O dinamismo, habitual, do sector bancário, está já bem visível!
A redução dos custos do serviço origina uma progressiva diminuição de funcionários na maioria das agências...hoje, muitas têm apenas dois ou três...insuficientes para um atendimento rápido e eficiente.
Quantas vezes o funcionário da caixa está a efectuar depósitos e a atender telefonemas, com a consequente demora e desconcentração da tarefa que está a efectuar?
Alavancar! Mais um termo, muito na moda, na linguagem dos meios financeiros...porque é que persistem com esses termos esquisitos que são de difícil percepção?
Os novos produtos e novas estratégias de preço não são nada mais nada menos do que as formas de colocarem os clientes a suportar o aumento de taxas e impostos!
Transparência? Porque é que na publicidade às taxas de juro dos depósitos, colocam em grande destaque a taxa bruta e em letras muito mais pequenas a taxa líquida?
Justiça? Será justo que façam reflectir nos preços dos serviços os aumentos de impostos quando usufruem de uma política fiscal muito benéfica comparando-a com a de outras actividades?
O resultado final é, uma progressiva degradação dos serviços e da qualidade de atendimento.
Em primeiro lugar muito obrigado pelo seu comentário, que em abono da verdade era esperado.
Compreendo que o artigo seja polémico, uma vez que a Banca está a passar por um momento adverso. Mas a minha convicção na actual crise indica que não há sectores sem telhados de vidro.
A tendência de funcionários nos balcões para atendimento será para diminuir ainda mais. Hoje em dia já não é necessário ir para uma fila da caixa para fazer depósitos e levantamentos. Existem é claro muitas pessoas que ainda não aderiram às novas tecnologias e sofrem mais com a inovação. O funcionário da caixa é hoje essencialmente um vendedor de produtos e serviços.
Quanto ao termo “alavancar” tem alguma razão na crítica, mas repare que este blog é sobre temas de “mercado puro” e portanto é aceitável que surja alguma linguagem deste género. Mas compreendo, até porque às vezes também fico incomodado p.ex. com o sector das comunicações, que também usa e abusa de termos técnicos que pouca gente entende. No caso concreto, com o termo “alavancar” pretendi dizer que a Banca está a aumentar o grau de utilização da capacidade instalada (pontos de venda) para aumentar as suas receitas, novas receitas, e consequentemente o lucro, que não há mal nenhum existir, diga-se de passagem.
Sobre a estratégia de preços, não concordo com o seu comentário. A nossa ctividade é relativamente simples. Compramos e vendemos dinheiro. Não podemos vender mais barato do que aquilo que pagamos, e a margem tem que ter uma determinada rentabilidade. Note que há uma série de negócios que têm margens muiuto superioes à banca. A nossa escala é que dá uma ideia errada ao cidadão comum. São sempre muitos milhões...
Onde houver esse tipo de campanhas, enganosas e pouco transparentes, por favor denuncie. Tem toda a razão, mas não generalize por favor porque isso é injusto.
Justiça: É sem dúvida a palavra mais polémica. Estava à espera. Há na verdade a vontade de contribuir para que exista uma melhor justiça na aferição das responsabilidades da Banca. É um caminho longo, mas que irá dar frutos. A credibilidade tem que ser conquistada, custe o que custar, porque nem todos os Bancos e nem todos os Gestores, tiveram culpa desta crise.
A evolução da banca nos últimos 20 anos é simplesmente espectacular, com um impacto positivo na vida das empresas e cidadãos em geral. Isto é um facto indesmentível. E sobre o atendimento, aquilo que lhe posso afirmar, é que os os indicadores de satisfação com o atendimento dos Bancos portugueses estão acima do benchmark (desculpe o palavrão) de 80 pontos. Ou seja, muito bom. E são os clientes que o dizem em inquéritos confidenciais.
excelente diálogo, parabéns :)
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